Você já ouviu falar em Jurimetria?
O crescimento tecnológico e exponencial, típico dos novos tempos, passou a exigir dos operadores do Direito uma ampla gama de conhecimentos voltados as mais diversas áreas do saber, incluídos aí, uma maior assertividade e velocidade na oferta de respostas aos seus clientes.
Este cenário, mais multidisciplinar e dinâmico, favoreceu o florescimento de um viés quantitativo para o ramo do Direito, capaz de extrair dados a partir da aplicação de técnicas estatísticas que permite, por sua vez, a tradução de decisões judiciais em números e percentuais.
A ferramenta capaz de fazer esta conversão é denominada de jurimetria e proporciona um intercâmbio de informações, lastreado na possibilidade de se prever comportamentos jurídicos a partir da melhor compreensão das decisões proferidas pelo Poder Judiciário.
Se bem aplicadas, as técnicas de jurimetria são capazes de retratar com fidedignidade as mudanças ocorridas no meio, revelando quais podem ser os caminhos que um juiz adotaria em uma sentença ou quais desdobramentos que um litígio poderia tomar.
De posse de tais informações, advogados podem predizer cenários e tomar decisões como, por exemplo, se devem ou não fazer um acordo, se vale a pena ou não recorrer, atuando de modo mais assertivo e seguro.
Logo, a técnica em questão busca munir o advogado de ferramentas capazes de analisar as informações quantificadas, mensurando incertezas e, ao final, auxiliando na tomada de decisões.
Assim, com a utilização desses instrumentos, os profissionais do Direito poderão entregar conhecimento, ou seja, informação que se efetiva em ação e que esteja focada em resultados.
Diogo Motta Tibulo
Advogado e Professor do Curso de Direito
Faculdades Integradas Machado de Assis/FEMA.